Mesmo a Bíblia nos orientando claramente quando devemos nos calar e quando devermos falar, ainda assim, invertemos esta ordem.
Quando então devemos ficar no anonimato? Vemos o ensinamento de Jesus em Mateus 6:2 a 8, ao ensinar sobre como devemos dar esmolas e orar. Em apertada síntese, aprendemos que nem a mão direita deve saber o que faz a esquerda ao ajudarmos alguém e, na oração, não devemos buscar propositadamente lugares públicos e movimentados para sermos vistos pelos homens. A regra é o anonimato! Apesar deste claro ensinamento, ainda assim insistimos em divulgar nossos atos para recebermos aqui mesmo, a recompensa dos homens. O que era algo correto, acaba sendo prejudicado pela motivação errada.
E, quando devemos falar, anunciar, divulgar algo? No mesmo evangelho, capítulo 28:18 a 20, texto conhecido como a grande comissão que Jesus deu aos discípulos, vemos o incentivo e a ordem clara para que eles e todos nós, proclamemos o evangelho. O ensinamento aqui é para anunciarmos, falarmos, tornar conhecido o evangelho a toda criatura. A regra aqui é: seja um arauto de Cristo! Saia do anonimato.
No entanto, muitas vezes, vemos o contrário disto acontecendo. Anunciamos nossas obras, o que fazemos, a quem ajudamos, o quanto ajudamos, o tanto que oramos, o quanto somos obedientes, quantos anos temos de cristão, e, nos calamos completamente diante do nosso dever de anunciar a pessoa de Jesus como Senhor e Salvador. O pecado faz isso: nos coloca em evidência e coloca Cristo à margem. Aprendamos então a ficar quietos e a falar conforme nos ensina a Bíblia. Quando a oração de João Batista, em João 3:30: "Convém que Ele cresça e que eu diminua", for realidade em nossa vida, falaremos mais de Jesus e menos de nós mesmos.